inconstante. um dia cheia, noutro minguante.

tô precisando de outro blog, esse me deixa insegura. não sei quem vem, se vem, se lê, o que pensa, o que acha, se gosta, se critica, se liga... noutro talvez ninguém me encontre. o propósito inicial desse aqui foi pra que uma pessoa me achasse. mas como depois eu o publiquei onde existiam pessoas, outras vieram e me leram. algumas coisas reais, outras nem tanto, e outras nem coisas... a maioria reais. talvez esse blog durante muito tempo fosse a minha única tentativa real de me encontrar com os outros. porque como eu disse, a maioria das coisas aqui são verdades, e depois de um tempo eu quis que me encontrassem... terça feira eu tentei um pé na bunda antecipado com medo de levar um bem real e dolorido. tô com medo de ficar sozinha de novo sem que se importem comigo. eu sei que eu provoco isso. ah, isso é a falta de paciência, a irritabilidade e talvez a raiva (eu não entendo bem de sentimentos) por eu pedir ajuda o tempo todo e não conseguir utilizar dela. eu quero alguém que

daqui a pouco vem febre e todos aqueles sintomas maravilhosos de quando tô com medo.

pede ajuda de todo os lados, mas não sabe receber... e aí fica apitando socorro de um jeito que sabe que não pode ser ouvida. e dói. e dói. e dói. e fode. e as palavras mais bonitas que tenho pra agora são essas... dói mesmo. essa foto foi o máximo que eu cheguei a crescer... (depois estacou) apesar da cara, o que eu sentia era de uma gostosura tão grande. apesar de não me expressar como deveria. apesar de não me expressar (é. se você parasse de mentir seria ótimo mesmo). apesar de não ser eu mesma. apesar de nunca ser eu mesma, apesar de não ter existido, apesar de ter buscado a aprovação de todo mundo o tempo todo, apesar disso tudo... ufs... algo deve ter valido a pena... (valido existe?) depois isso se desdobrou numa pessoa e numa família... bárbara. e sua família... uma coisa gostosa de viver. recomendo pra todo mundo, hehehe... tipo um lugar, uma família pra receber e doar também. bem bom...

“Mas o que é que você quer, menina? - perguntou-me já exausto de tanta teimosia. Eu o encarei no fundo dos olhos e fui sincera: quero colo.” Clarice Lispector. (meio insegura com a autoria disso, mas... que foda, Clarice!)